Diálogo e atendimento humanizado são apostas contra desinformação

Especialistas alertam para os perigos do diagnóstico e da busca de tratamentos pela internet em tempos de algoritmos e propagação de fake news

30 de agosto de 2023

Diálogo e atendimento humanizado são apostas contra desinformação

O Estadão Blue Studio aproveita o Dia Nacional da Saúde, no dia 5 de agosto, para produzir uma série de reportagens sobre o tema durante todo o mês, dentro do projeto Mês da Saúde Estadão.

Quando o assunto é a automedicação, por exemplo, Cristiano Nabuco Abreu, psicólogo coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP), diz que esses relatos são cada vez mais comuns nos consultórios. “O autodiagnóstico e a automedicação se tornaram uma tendência, mas, ao buscar informações na internet, a pessoa não leva em consideração seu histórico médico ou herança biológica, ela recai apenas no que o algoritmo lhe oferece.”

Ele diz ainda que não a crescente busca online por informações não prejudica apenas a saúde física. “Essa fração de informação enviesada, distorcida e não confiável que a pessoa encontra na internet projeta a ansiedade nas alturas, gerando preocupação desnecessária. O corpo físico estressado fica mais vulnerabilizado e isso é particularmente pior quando se está suscetível.”

Já o médico José de Jesus Camargo, diretor de cirurgia torácica da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, observa que o alto consumo de conteúdo sobre saúde mudou completamente o perfil de quem chega aos consultórios. “É um paciente muito mais informado. Alguns claramente vão se consultar para conferir se a opinião do médico coincide com a do Google. Se não coincidir, ele não tem dúvida de que quem está errado é o médico”, diz, alertando para a inversão da credibilidade nas referências.

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