Marcas Conectadas: Ana Beatriz Grimaldi

Gerente de Marketing do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT)

20 de junho de 2023

Marcas Conectadas: Ana Beatriz Grimaldi

O Estadão Blue Studio convidou uma seleção de publicitários e executivos de mercado para darem sua visão de mercado na Série de Entrevistas: Marcas Conectadas. #aproveiteoconteúdo

1. Qual o maior obstáculo para construção de marca no cenário atual?
Para a construção da marca é necessário um conjunto de ações estratégicas, alinhadas ao posicionamento, propósito e valores que contribuem para a construção e percepção.  O conjunto de pilares que influenciam o valor da marca podem variar de marca para marca, podendo ter maior valor num segmento do que em outro. Para algumas o entendimento do valor é maior em Inovação ou Responsabilidade Socioambiental para outras em Confiança e Ética  ou ainda em Engajamento e Presença. Dessa forma é o conjunto das percepções que validam a marca para os consumidores, de acordo com as percepções e valores. Um dos pilares que está crescendo muito é o engajamento e como a marca é validada pelos consumidores, este é um fator muito relevante a ser considerado também.

2. Considerando a solidez das comunidades nas plataformas, o Marketing de Influência é hoje  a principal estratégia de comunicação?
O que se percebe, atualmente, é o grande engajamento pela influência. As pessoas querem ouvir histórias reais, do seu contexto do seu dia a dia e cultura, criar conexões, ser acolhidas e ter sensações. É preciso cada vez mais escutar e entender as expectativas e as necessidades do consumidor para poder levar e mostrar o que eles realmente querem receber (ter, ouvir ou sentir). Empresas que também tem seus líderes como influenciadores  na Internet contribuem com a divulgação e o alcance da marca. Os influenciadores de forma geral que conseguem se conectar por meio de conteúdo, vivências e experiências reais são os verdadeiros conectores.

3. Olhando para as novas gerações e o crescimento dos e-sports, quem não está nos games estará fora do ‘game’?
Para a maioria das marcas sim, e a intensidade varia de acordo com a estratégia e o público de relacionamento. Não só considerando e-sports, mas o game de entretenimento, incluindo os games desenvolvidos para smartphone, que conseguem conectar marcas e consumidores em um ambiente lúdico. As oportunidades de desenvolvimento de marcas em e-games são enormes porque a experiência pode variar bastante entre diferentes tipos de públicos. Encontrar qual é a forma certa de aproveitar os diferentes contextos, histórias e dinâmicas dos games é a questão central das marcas. 

4. Qual a maior oportunidade para as marcas com a massificação da Inteligência Artificial e Web3?
Tanto a Inteligência Artificial (IA) quanto a Web 3.0 caminham para um mundo no qual a maioria das marcas ainda têm dificuldades para se imaginarem. Por um lado, oportunidades em IA poderão melhorar a experiência de milhares de consumidores ao redor do mundo, em tempo real e por custos mais acessíveis do que temos tradicionalmente. A Web 3.0,na qual a IA também estará integrada, promete descentralizar o poder das big techs, ou no mínimo dar mais opções para o acesso ao grande volume de dados circulando por meio de blockchain. Ao caminhar junto a esse crescimento, as marcas despontam como antenadas ao contexto tecnológico e correm menos riscos de ficarem de fora dessas revoluções.  

5. O que torna uma marca relevante para o consumidor moderno?
Para o consumidor moderno a relevância está num conjunto de percepções. A marca tem que entender as expectativas do consumidor, ter propósito e valor, ser humanizada, trazer experiências, estar presente, além de engajar e ser empática.