Marcas Conectadas: Vitor Barros

CEO da Propeg.

10 de maio de 2023

Marcas Conectadas: Vitor Barros

O Estadão Blue Studio convidou uma seleção de publicitários e executivos de mercado para darem sua visão de mercado na Série de Entrevistas: Marcas Conectadas. #aproveiteoconteúdo

1.  Qual o maior obstáculo para construção de marca no cenário atual?
Como construir marca em mundo extremamente difuso onde centenas de marcas e plataformas competem pela atenção dos usuários. Para mim, o maior obstáculo é conseguir que marcas de fato consigam se relacionar com seus reais consumidores de maneira autêntica e isso requer entender em profundidade o comportamento de seu consumidor e seu público alvo. Não adianta estar em “todo lugar” só por estar. Isso não constrói marca. O que constrói a marca é estar no lugar certo e com o conteúdo adequado, alinhado à proposta da marca.

2. Considerando a solidez das comunidades nas plataformas, o Marketing de Influência é hoje a principal estratégia de comunicação?
Não diria que é a principal, mas é sem dúvida um ingrediente importante no mix. No entanto, é preciso entender que o marketing de influência precisa ser usado de forma inteligente por marcas e a curadoria dos influenciadores tem papel fundamental nisso. É preciso não só escolher bem o influenciador, mas saber quem é a audiência dele, afinal quem estará consumindo o conteúdo são os seguidores e não apenas o influenciador.

3. Olhando para as novas gerações e o crescimento dos e-sports, quem não está nos games estará fora do ‘game’?
Ninguém conseguirá parar o trem do e-sports e dos games. Esta locomotiva está em alta velocidade e isto na verdade é ótimo! Há espaço para ambos os mundos, o virtual e o real. Nada impede que uma pessoa seja fã de futebol, mas também fã de jogos online de futebol. Os e-sports conseguem trazer experiências de engajamento que os esportes tradicionais não conseguem. Veremos isso crescer cada vez mais com a expansão do 5G e da conectividade. Mas também acredito que sempre haverá espaço para o esporte tradicional, principalmente a experiência ao vivo.

4. Qual a maior oportunidade para as marcas com a massificação da Inteligência Artificial e Web3?
Ainda é cedo para dizer. Acredito que na medida que estas inovações se tornem mais populares e alcancem mais pessoas, saberemos como de fato as pessoas poderão extrair delas algo relevante que influencia mudanças de hábitos de consumo, por exemplo. Marcas precisam ficar atentas a estes movimentos, mas não creio que devem mergulhar de cabeça no momento que ainda é uma fase muito experimental.

5. O que torna uma marca relevante para o consumidor moderno?
A marca se torna relevante a partir do momento que ela entrega aquilo que ela se propõe em sua essência. Não há espaço para marcas que não possuem uma proposta de valor. É fácil descobrir se uma marca está tentando ser algo que não é. Marcas precisam ter essência, alma. Estas marcas são as que crescem não só na base de consumidores existentes mas também conquistam novos clientes.