Agricultura regenerativa ganha protagonismo rumo à COP-30

O Brasil tem a chance de mostrar ao mundo como ampliar a produção sem desmatamento, apoiado por programas como o Reverte, da Syngenta

25 de outubro de 2025

Agricultura regenerativa ganha protagonismo rumo à COP-30

Filipe Teixeira, diretor sênior de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da Syngenta Brasil, considera que a COP-30 será uma oportunidade única para o País mostrar ao mundo que a agricultura brasileira pode ser parte da solução climática — e não do problema.

“O fato de o evento acontecer no Brasil nos dá a chance de apresentar o que temos feito em termos de agricultura sustentável e regenerativa.”

O executivo explica que o conceito da agricultura sustentável vai além da produção de alimentos com menor impacto ambiental, pois trata-se de recuperar e revitalizar os recursos naturais utilizados na lavoura.

“É uma agricultura que busca regenerar, utilizar da melhor forma os recursos, e não apenas explorar o solo. A agricultura tropical brasileira, por suas características, já é regenerativa por natureza”, diz Teixeira. “Muitos produtores adotam práticas sustentáveis há décadas, ainda que nem sempre usem esse nome.”

Os números mostram a dimensão do potencial espalhado pelo Brasil, há que, dos 160 milhões de hectares de pastagens em solo nacional, aproximadamente 80 milhões apresentam algum grau de degradação.

De acordo com as estimativas, metade desse total, cerca de 40 milhões de hectares, poderia ser convertida em áreas agrícolas produtivas, sem necessidade de desmatamento.

Programa Reverte

Em 2019, a Syngenta criou o programa Reverte, em parceria com a organização ambiental The Nature Conservancy (TNC) e o banco Itaú BBA.

O objetivo é recuperar pelo menos 1 milhão de hectares de áreas degradadas até 2030, transformando-as em áreas produtivas, principalmente no Cerrado.

Enquanto a Syngenta faz a conexão direta com os produtores rurais, o Itaú BBA estrutura o financiamento de longo prazo — até dez anos, com carência de três anos para o início dos pagamentos.

Esse prazo corresponde ao tempo médio necessário para que a área degradada volte a produzir e gerar retorno econômico.

“O agricultor é um profissional. Ele precisa que o investimento se pague, e o programa foi desenhado para isso. Em muitos casos, o retorno já começa a aparecer no segundo ano.”

Na foto: Filipe Teixeira, Diretor Sênior de Sustentabilidade & Assuntos Corporativos da Syngenta Brasil (Crédito: Divulgação/Syngenta)

Clique aqui para ler a matéria completa, produzida pelo Estadão Blue Studio, com patrocínio de Syngenta Brasil.