IA, blockchain e inovação aberta aceleram modelos de negócio na indústria financeira

Líderes do setor discutem uso estratégico da tecnologia, potencial dos hubs de inovação e peso do ambiente regulatório na transformação digital

22 de outubro de 2025

IA, blockchain e inovação aberta aceleram modelos de negócio na indústria financeira

Em 16 de outubro, foi realizado o Meet Point Estadão Think, em parceria com a Evertec, que reuniu executivos à frente de processos de reinvenção de operações na área da economia, tendo em vista o avanço de tecnologias como inteligência artificial (IA), open finance, blockchain, computação em nuvem e modelos de inovação aberta.

Nesse sentido, a indústria financeira vem passando por transformações vertiginosas, impulsionando bancos, startups e fintechs a mudarem a forma como se relacionam com os clientes.

“A inteligência artificial é essencial na nossa estratégia”, diz Carlos Sangiorgio, vice-presidente de Tecnologia e Operações da Evertec no Brasil. “Por isso, criamos um laboratório de IA dentro da companhia; praticamente toda nova modernização gira em torno desse laboratório, que agora é um verdadeiro AI Center.”

Líder em tecnologia financeira, a Evertec considera a IA uma verdadeira força motriz de disrupção, tanto operacional quanto estratégica.

“Primeiro, usamos novas tecnologias para melhorar processos internos, como atendimento com IA, tornando tudo mais ágil. Em seguida, incorporamos essas tecnologias aos próprios produtos, como análises de crédito e contratos. E por último, fundamental para uma empresa de software, as usamos para melhorar nossa própria engenharia, elevando a barra de qualidade e diminuindo problemas”, explicou o executivo.

Um dos principais hubs de inovação aberta e aceleração de negócios do País, o Torq, é liderado pela Evertec, que mantém presença em 26 países e possui forte atuação em pagamentos, cartões e adquirência.

A iniciativa permite que o universo financeiro brasileiro acelere seu desenvolvimento ao aproveitar ideias com forte potencial no mercado interno e externo. Desse modo, a transição entre conceito e implementação é muito mais célere.

Durante o evento, Alexandre Rhein, diretor de TI do Banco Daycoval, destacou o fato de que os avanços notáveis da IA estão cada vez mais acessíveis.

“A tecnologia atingiu níveis de processamento que já chegam à população. A IA permite uma produtividade sem precedentes: análise de crédito em segundos, revisão de código em minutos – tarefas que antes levavam dias – e hiperpersonalização de ofertas para clientes”, afirmou.

Em relação ao ambiente regulatório brasileiro no setor financeiro, Rodrigoh Henriques, diretor de Inovação da Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), destacou a importância do papel do regulador no fomento à inovação e na construção de uma sinergia entre startups, grandes bancos e o próprio cenário regulatório.

“Se não existe um caminho regulatório claro, acabamos apenas desperdiçando tempo e energia dos inovadores. O risco para a fintech é investir muito em pesquisa, em modelagem e no desenvolvimento de produtos, para, ao final, receber do regulador uma negativa. Isso é um problema seriíssimo para esse ecossistema”, avaliou Henriques.

Na foto: Carlos Sangiorgio, vice-presidente de Tecnologia e Operações da Evertec no Brasil (Crédito: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio)

Clique aqui para ler a matéria completa, produzida pelo Estadão Blue Studio, com patrocínio de Torq.