Brasileiros não veem o plástico como vilão ambiental

Investir em conscientização e políticas públicas a favor da reciclagem é crucial, revela pesquisa do Sindiplast

24 de setembro de 2025

Brasileiros não veem o plástico como vilão ambiental

Uma pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast), que ouviu duas mil pessoas em todas as regiões do país, mostra que 93% dos brasileiros entendem que o problema não está no uso do plástico, mas no descarte inadequado.

O levantamento buscou entender como a população percebe o material e sua relação com o meio ambiente.

Vale lembrar que o plástico, que é um dos temas centrais quando se fala em sustentabilidade, é um dos materiais mais recicláveis e de menor impacto ambiental (consome pouca água, pode ser usado e reutilizado diversas vezes, além de ser o que menos emite dióxido de carbono, CO², para a atmosfera). Porém, ainda enfrenta obstáculos para que seu reaproveitamento ocorra em larga escala no Brasil.

Paulo Teixeira (foto), diretor-superintendente do Sindiplast, diz os dados mostram que “o plástico não é vilão” e que a sociedade está disposta a participar das soluções. Ele destaca, porém, que ainda é necessário investir em comunicação e na implementação efetiva de políticas públicas municipais para a gestão dos resíduos sólidos.

“A coleta seletiva é fundamental, mas não é o único caminho. Os Pontos de entrega voluntária, PEV, também podem ser usados, desde que o cidadão saiba onde encontrá-los”, afirma.

Ainda segunda a pesquisa, para 9% dos entrevistados, falta informação sobre como descartar ou reciclar corretamente. Outro ponto recorrente nas respostas foi a deficiência da coleta seletiva, apontada como um dos principais entraves para ampliar a reciclagem. Entre os respondentes, 81% afirmam evitar gerar lixo.

Outros dados do levantamento mostram que 68% dos entrevistados reutilizam ou reaproveitam embalagens, enquanto 56% compram produtos vendidos em embalagens com conteúdo reciclado.

No entanto, a falta de informação (28%) e de opções de coleta seletiva (17%) aparecem como as principais barreiras para ampliar hábitos sustentáveis, seguidas pela falta de tempo (9%).

Clique aqui para ler a matéria completa, produzida pelo Estadão Blue Studio, com patrocínio de Sindiplast.