Mercado ilegal de bebidas movimenta R$ 55 bilhões e avança em falsificações

Estudo da Euromonitor revela impacto do comércio ilícito, que ameaça a saúde, reduz a arrecadação e fortalece o crime organizado

19 de setembro de 2025

Mercado ilegal de bebidas movimenta R$ 55 bilhões e avança em falsificações

Promovido pelo Estadão Blue Studio em parceria com a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), o Fórum Mercado Ilegal de Bebidas Alcoólicas: Desafios e Impactos para o Brasil foi realizado nesta semana em Brasília.

O evento contou com a presença de autoridades e especialistas, que explicaram o cenário atual e propuseram soluções para o problema, que põe em risco a saúde da população e pode financiar o crime organizado.

Segundo um estudo da consultoria Euromonitor International, o mercado ilegal de bebidas alcoólicas movimentou no ano passado R$ 55 bilhões – o equivalente a 12,7% de todo o segmento. No caso específico dos destilados, porém, a fatia ilícita é ainda mais expressiva, chegando a quase 30%.

Durante o Fórum, Eduardo Cidade, presidente da ABBD, destacou a necessidade de tratar o mercado ilícito de bebidas com o devido peso.

“Temos que ter em mente que o crime não se limita à violência direta, abrangendo também procedimentos ilícitos que, de uma forma ou de outra, acabam prejudicando o funcionamento seguro, justo e saudável da sociedade”, enfatizou.

Já Thiago Morello Peres, auditor fiscal da Receita Federal, disse que o montante movimentado anualmente pelo mercado ilegal reforça que grandes grupos criminosos estão por trás desse segmento ilícito. “É um valor extremamente elevado, o que mostra que não é só o aventureiro que está indo fazer a produção ilegal. É uma questão de crime organizado.”

Em meio às ações conjuntas que devem ser adotadas para coibir os crimes, caberia à população rejeitar produtos perceptivelmente falsificados, em especial aqueles que estejam com valor muito abaixo do que costuma ser praticado e vendidos em plataformas não confiáveis – nesse ponto, os marketplaces viram um problema, sendo necessário um maior rigor das empresas sobre o que estão oferecendo em seus sites.

“É preciso não só orientar o cidadão sobre como fazer uma compra segura, mas mostrar a importância de ele sempre buscar por produtos legais para evitar que esteja financiando ou fortalecendo organizações criminosas”, ressaltou Daniel Monferrari, head de Proteção de Marcas na Diageo.

Clique aqui para ler a matéria completa, produzida pelo Estadão Blue Studio, com patrocínio de ABBD.