‘Brasil é ator principal para futuro energético’, diz representante dos EUA no Energy Summit

Segundo dia do evento discutiu avanço da indústria limpa americana, papel da IA no consumo energético e liderança brasileira na agricultura regenerativa

25 de junho de 2025

‘Brasil é ator principal para futuro energético’, diz representante dos EUA no Energy Summit

Joshua Volz, subsecretário adjunto do departamento de Energia dos Estados Unidos, foi o convidado especial da palestra de abertura do segundo dia do Energy Summit 2025, realizado na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.

Durante o evento, que é o maior do Brasil focado em transição energética, sustentabilidade e inovação, o executivo falou sobre a atual política de energia de seu país e da relação com o Brasil. Ele destacou que o governo americano trabalha para acelerar o ritmo de financiamento aos projetos voltados para esse setor.

“O Brasil é uma força muito grande na América Latina, com muitos recursos e também com um capital humano fantástico. Estamos fazendo aqui parcerias bilaterais como um tecido que vai aumentar nossas relações”, disse, sobre o setor energético.

Sobre energia limpa, o norte-americano ressaltou que os recursos de hidrocarbonetos são essenciais para a matriz energética mundial. “A indústria americana está no caminho para se tornar ainda mais verde e mais eficiente, num nível que não existe em outras partes do mundo. E o Brasil também desempenha um papel muito importante nesse setor, com a oportunidade de ser um dos atores principais em nível mundial.”

O Energy Summit 2025 é realizado em parceria com o MIT e reúne mais de 10 mil participantes, com a presença de algumas das principais corporações do setor de energia, como Petrobras, Itaipu Binacional, Repsol, Grupo Equatorial, Energisa, Copa Energia e Auren.

Outro convidado do evento foi Rattan Lal, professor distinto e diretor do Centro Rattan Lal na Ohio State University, nos Estados Unidos.

Ele encerrou o segundo dia do Energy Summit por meio de vídeo, em que falou da otimização do uso de energia e sequestro carbono na agricultura para reduzir as emissões de CO² na atmosfera. O especialista em saúde do solo, sequestro de carbono e agricultura regenerativa disse que o Brasil é um sucesso no setor agrícola.

“Quero parabenizar os agricultores e cientistas brasileiros pela transformação de seu sistema agrícola, que contribuiu significativamente para o aumento da exportação e para a segurança alimentar de sua população”, disse.

“Desde 1960, o Brasil passou de importador para o maior exportador de alimentos do mundo. E agora está entre os cinco maiores produtores de 36 produtos diferentes. Essa transformação é atribuída para a melhoria do solo e o desenvolvimento de novas variedades de sementes.”

Em 2007, o professor fez parte do grupo que recebeu o Prêmio Nobel da Paz, como integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU).

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